segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ansiedade descontrolada: tempestade num copo d'água prejudica carreira

SÃO PAULO - Você faz tempestade em um copo d'água? É difícil admitir, mas a verdade é que estamos falando de um perfil de pessoa bastante comum, segundo a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa.

Ela explica que quem faz tempestade em um copo d'água costuma apresentar características peculiares: é perfeccionista, inflexível, imprime um alto grau de exigência a si mesmo e aos outros, não aceita erros, se prende a detalhes, é extremamente ansioso, sempre reage emocionalmente quando algo o desagrada, não sabe lidar com frustrações, e tumultua o ambiente de trabalho, ainda que não perceba.

"Ao ocupar um cargo de chefia, o temperamento dessa pessoa tende a ser fortalecido ao longo do tempo, por conta do poder que lhe é conferido. Além disso, dependendo da filosofia da empresa, este tipo de liderança é até incentivado, porque se acredita que dê resultados. Mas não necessariamente é o melhor resultado que poderia ser atingido. Quando o líder age dessa maneira, há uma alta rotatividade na equipe, bem como a criatividade de seus membros é bloqueada, por conta da inflexibilidade", analisa.

O lado negativo

A verdade é que quem faz tempestade em um copo d'água tende a perder quando o assunto é trabalho. Primeiro porque, ao focar apenas nos problemas ou erros, seus próprios ou alheios, este profissional tem dificuldade de enxergar o todo, de maneira que fica difícil encontrar soluções e ser criativo e inovador.

Para a sócia-diretora da Vox Solutions, empresa do CLIV Solution Group, Angela Mota Sardelli, para esse tipo de profissional, é tudo muito "pesado" e difícil. "Profissionais com esse perfil têm dificuldade de ver saídas e alternativas, por isso não empreendem nem inovam. Os prazos são difíceis de cumprir, as metas são impossíveis. Conseqüentemente, eles não são valorizados pelo gestor e pela empresa".

Segundo porque o comportamento afasta os colegas de trabalho, uma vez que é uma tendência natural do ser humano evitar pessoas negativas. Daí a equipe pode escolher jogar tanto a favor quanto contra. Por quanto tempo você agüentaria conviver com alguém que vive reclamando, blasfemando e lamentando as condições que lhe são conferidas? "Esse tipo de profissional afeta as pessoas ao seu redor, porque passa a impressão de que as coisas nunca dão certo e de que tudo é difícil, e isso afeta a produtividade", avisa Angela.

"A questão é que quem vive fazendo tempestade em um copo d'água é um forte candidato a desenvolver doenças psicossomáticas (que têm fundo emocional), tais como pressão alta, problemas cardíacos e gastrite. Chega um momento que o corpo não agüenta", alerta Clarice.

Dicas

Se, para você, um probleminha já é um problemão, fique em alerta: analise o porquê de suas reações emocionais e até que ponto elas estão prejudicando sua carreira e, ainda, seus relacionamentos fora da empresa. Se, em algum momento, você perder o controle emocional, segundo Clarice, é chegado o momento de rever sua postura profissional.

E não ache ruim se alguém vier conversar com você a respeito do seu comportamento. Acredite, é muito melhor do que as pessoas simplesmente aceitarem seu jeito de ver as coisas. "Se quem sempre faz tempestade em um copo d'água é aceito normalmente pelo grupo, o comportamento é reforçado com o tempo. As pessoas pensam: deixa para lá, ele é assim mesmo. E o próprio profissional acaba pensando: sou assim mesmo, por que eu teria que mudar?", conta a psicóloga.

Também é de vital importância trabalhar seus limites. "O profissional precisa estar atento e perceber até que ponto a pressão cotidiana do trabalho não está afetando sua saúde. Há a empresa e a pessoa. São duas coisas separadas. Quando ele não suportar mais a pressão da empresa, deve dar um novo rumo a sua vida. É importante saber seus limites", finaliza Clarice.

http://economia.uol.com.br/planodecarreira/ultnot/infomoney/2008/08/01/ult4229u1794.jhtm

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Hora de parar: quando a rotina agitada denuncia um vazio

Por: Karin Sato
13/10/08 - 08h53
InfoMoney


SÃO PAULO - Estela trabalha feito louca, inclusive nos finais de semana. Não tira férias, prefere vendê-las. Almoça em, no máximo, meia hora, para não perder tempo. Em casa, não pára um segundo: tem as roupas para passar, o jantar para fazer, a bagunça das crianças para arrumar.

Como acredita que precisa estudar para crescer profissionalmente, estuda inglês e francês. Além disso, vira e mexe, faz favores a parentes e amigos. Não tem um dia em que não corre para lá e para cá. Ela se sente estressada, mas pensa que não pode fazer nada se a vida a levou para esse caminho.

É verdade que Estela é uma personagem fictícia. Mas você bem que se identificou com ela, ou conhece alguém parecidíssimo. Já parou para pensar o que causa essa rotina tão estressante? De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa, essa necessidade de se ocupar o tempo inteiro pode indicar um grau alto de ansiedade e uma tendência à compulsão.

E a reflexão?
Acima de tudo, a necessidade de ser solicitado o tempo todo e o condicionamento à realização de muitas atividades diárias podem denunciar um vazio. É como se as pessoas fugissem de si mesmas e prestassem atenção somente ao exterior. Passados alguns anos nessa correria, as pessoas esquecem o que querem para si e as coisas perdem sentido. Então, as atividades diárias passam a ser feitas no piloto automático.

"O que a pessoa realiza perde valor. Isso acontece muito com os workaholics, por exemplo. O único momento de reflexão surge na hora de dormir. E é por isso que muitos sofrem de insônia. É a hora em que os pensamentos afloram. Quem trabalha em demasia demonstra que não se basta, que sempre precisa de algo de fora", diz Clarice.

E ainda por cima há quem se engane, quem diga a si mesmo: preciso trabalhar muito, porque meu chefe é ruim; preciso ajudar as pessoas, porque elas são dependentes de mim e sempre me procuram; não posso tirar férias, porque não tenho dinheiro; e por aí vai. "Essas pessoas quase não param para pensar se estão felizes, se gostam de fazer o que fazem e quais são seus objetivos de vida (que não podem ser os objetivos dos outros). Mas é claro que, se alguém perguntar, elas dirão que têm objetivos".

O problema é que, em algum momento, a vida obrigará essa pessoa a parar, na opinião da psicóloga. Surgirá uma doença psicossomática (quando problemas psicológicos se tornam físicos), uma depressão ou uma crise de ansiedade, por exemplo. Isso sem falar que a carreira é comprometida, já que a rotina estressante reduz a criatividade, desacelera o raciocínio e prejudica a memória.

O que fazer?
Se você se enquadra no perfil descrito, primeiramente deve admitir que precisa mudar. Um bom indicativo é quando tem dificuldade para encontrar soluções no dia-a-dia, o que é resultado da criatividade reduzida.

Em segundo lugar, precisa começar a cuidar de si, de sua saúde e buscar mais qualidade de vida. "Aprenda a fazer pequenas pausas ao longo do dia, voltar um pouco para si. É por isso que a hora do cafezinho, ritual na maioria das empresas, é tão importante. Mas ainda dá para fazer pausas no elevador; no caminho de um cliente para outro, ouvindo alguma música que gosta no carro; no ônibus, lendo um livro. Dê uma parada para apreciar a natureza ou fazer um alongamento, se tiver oportunidade", diz Clarice.

"Continuar nesse processo trará conseqüências negativas. Descubra o que gosta de fazer, além do trabalho, avalie o que sente, reveja metas e objetivos de vida, converse com amigos ou com um terapeuta, ajuda muito. Mas não fique sempre dando desculpa, dizendo que não tem dinheiro, não tem tempo", finaliza a psicóloga.

http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1385514&path=/suasfinancas/carreiras/

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Aprenda a lidar com a insegurança e tenha uma carreira de sucesso

Por: Karin Sato
InfoMoney


SÃO PAULO - A psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa explica que existem dois tipos de insegurança. Uma delas é a momentânea e acomete os indivíduos em situações de mudanças ou novos desafios. Por exemplo, quando ele consegue um emprego novo, é promovido ou recebe mais responsabilidades.

Há, no entanto, aquelas pessoas que se sentem inseguras sempre, porque não confiam em sua capacidade, mesmo tendo formação, especialização, títulos ou vasta experiência no mercado. "Esse profissional precisa de reconhecimento contínuo por parte dos superiores, o que, muitas vezes, não acontece", conta Clarice.

Ninguém é sempre seguro de si
A especialista garante que ninguém se sente 100% seguro. Nem mesmo o homem mais rico do mundo. "É natural sentir medo e insegurança". O problema é que alguns profissionais acabam paralisados e, por isso, fogem de novos desafios, o que acarreta a perda de inúmeras oportunidades na carreira e a dificuldade de se sentir satisfeito tanto em âmbito pessoal quando profissional. "Esses indivíduos sempre buscam a zona de conforto e uma segurança no emprego que é ilusória, idealizada".

De fato, nos dias de hoje, toda segurança com relação ao trabalho é fantasiosa, uma vez que há anos não existe mais uma relação matrimonial entre empregado e empresa. Ao tomar decisões, o empresário visa ao lucro e à sobrevivência no mercado.

Pessoas com baixa auto-estima que se mostram inseguras quase o tempo todo, independentemente das situações que se apresentam no trabalho, precisam trabalhar sua segurança emocional de forma contínua. Essa insegurança "inerente" a alguns profissionais tem a ver com a criação na infância, de acordo com a psicóloga. "Crianças que são reforçadas positivamente nas atividades que desenvolvem crescem mais confiantes", exemplifica.

Dicas para contornar a insegurança
Clarice dá algumas dicas simples para dar a volta por cima. A primeira delas é: assuma suas fraquezas e tenha consciência do que precisa melhorar.

"Uma das coisas que ajuda muito é sempre fazer um levantamento de sua carreira e se perguntar o que faz melhor. Para tanto, recomendo elaborar um outro currículo, um pessoal, que inclua suas capacidades, aptidões e o quanto se desenvolveu até agora. Geralmente, quem tem baixa auto-estima já olha pelo lado negativo e começa a se desvalorizar e fazer comparações com colegas e conhecidos", sublinha.

Segundo a psicoterapeuta, todos precisam entender que o mercado sempre será competitivo, daí a importância de focar no que tem mais facilidade e no que gosta mais. Além disso, é preciso buscar se desenvolver, por exemplo, fazendo um curso de especialização. "O profissional deve questionar: o que posso fazer para acreditar mais em mim?".

Faça sua própria avaliação de desempenho
Outra dica é não esperar a avaliação de desempenho da empresa e elaborar seu próprio relatório, com o objetivo de trabalhar a ansiedade e o grau de exigência que tem sobre si mesmo. "A insegurança está muito ligada à ansiedade. Às vezes, a ansiedade é tão alta que o indivíduo não nota quantas coisas já consegue fazer de forma bem-sucedida nem o quanto cresceu profissionalmente. Mas ele também não pode esquecer de assumir o que de fato precisa melhorar".

Na hora de receber críticas, dada a possibilidade de seu chefe ser tão inseguro quanto você, saiba separar o que é crítica construtiva e o que não significa nada. "Quando o próprio líder é inseguro, é importante filtrar as informações e se perguntar até que ponto a crítica é real. Além disso, é necessário se fortalecer para receber críticas que algumas vezes são necessárias".

Dominar a insegurança é vital também para as relações profissionais. Explica-se: a pessoa insegura tende a fazer comparações e, como a competição é reforçada em nós desde que somos crianças, ela pode acabar sentindo inveja de um colega e promovendo boicotes, às vezes, sem perceber. "Ela deve aprender a focar em si mesma, em suas fraquezas e pontos fortes. Não pode estar centrada no outro, pois acaba se nivelando e deixando de crescer profissionalmente".

http://cursos.infomoney.com.br/guias/carreiras/ultimas_2.asp

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Expectativa versus frustração: confira dicas para não se sentir na pior

Quantas vezes não nos sentimos frustrados ao longo de nossa carreira? São colegas de trabalho que são muito competitivos e agem de forma injusta, chefes que se equivocam, promoções que nunca acontecem, o trabalho que não agrada, a meta que nunca é atingida, e por aí vai.

"A frustração acontece quando algo que queremos não é atingido. Quanto mais expectativas temos, maior o tombo. Mas é importante dizer que algumas expectativas são irrealistas", explica o coach e autor do livro "Executivo, o super-homem solitário", Emerson Ciociorowski.

Segundo ele, para reduzir o tombo causado pelas frustrações, é preciso se alinhar à realidade, ao contexto. "Se você quer ser promovido, mas isso não acontece, questione: quais são os atributos que são exigidos para o cargo? Será que tenho todas as habilidades e talentos necessários? Tenho trabalhado minhas competências?".

Falta de reconhecimento
A frustração ocasionada pela falta de reconhecimento "é mais comum do que se imagina", nas palavras do coach. Isso acontece muito porque o funcionário não sabe o que a empresa espera de fato dele.

"Na maioria das empresas, independentemente do porte, não há a determinação de métrica de resultados. Como o indivíduo não sabe claramente o que se espera dele, se esforça demais e faz uma série de coisas que, de repente, não têm valor para a empresa. Isso gera um sentimento de frustração e impotência". Nesses casos, é recomendado conversar com seu chefe e questionar quais são as expectativas da empresa com relação ao seu trabalho.

A mesma dica vale para as metas que não são atingidas. "Isso ocorre, muitas vezes, porque a meta é irreal. Não raro, profissionais não sabem negociar as metas, não conseguem dizer não e aceitam quaisquer condições. Essa vontade de querer sempre satisfazer o outro pode ter origem em bloqueios emocionais que vêm da infância", sublinha Ciociorowski. Logo, na próxima vez que quiser discutir metas e resultados, não deixe de expor suas opiniões e negociar.

Os colegas de trabalho são injustos
As pessoas também se frustram muito com as injustiças do mundo corporativo. Ora, se pudéssemos descrever esse mundo usando uma gíria, seria "mundo cão", por conta do alto nível de competitividade, que, dependendo da área de atuação, apenas aumenta.

Para este tipo de problema, a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa recomenda: Seja realista! No imaginário de muitos profissionais, existe uma empresa perfeita, com colegas bondosos e justos 100% do tempo. Mas estamos falando de seres humanos, que cultivam sentimentos dos mais variados.

"Muitos dizem para si mesmos que gostariam que as pessoas fossem diferentes. Alguns até tentam mudar o próximo. Porém, ninguém vai mudar". Para ela, o pensamento correto seria: "está bem, não posso mudar o mundo, mas posso sim me transformar. Esse poder de mudança é meu".

Fica a dica: deixe de lado a posição de vítima e tome uma vacina: não crie expectativas com relação às pessoas. No contexto de uma empresa, invariavelmente, em algum momento, se sentirá frustrado.

Não gosto do que faço
Outra frustração comum: o profissional não gosta do que faz. Às vezes, ele nem mesmo está na área certa. Isso acontece muito. Na hora de escolher a faculdade, no lugar de reconhecer os seus talentos e dar razão a eles, a opção é feita com base nos anseios da família, do pai que deseja que o filho siga sua carreira, no amigo que se formou em determinada área e se deu bem, ou pior: na profissão da moda.

Todavia, Ciociorowski alerta: "O pior erro é ficar refém de uma má escolha". Ou seja, se você fez uma opção equivocada, seja porque faltava-lhe autoconhecimento seja porque, na época, queria satisfazer a vontade da família, saiba que nunca é tarde para voltar atrás ou começar do zero. Procure outra faculdade ou faça uma pós-graduação que permita a mudança de área.

"O que é importante, em termos profissionais, é procurar uma empresa que dê vazão aos seus talentos, valores e sonhos. Se o mais importante para você é o crescimento e a carreira, procure uma empresa onde haja espaço e oportunidade para crescer".

Ele finaliza lembrando que, para diminuir o risco de frustração, é vital alinhar os valores pessoais com os profissionais. "Pense no que é importante para você com relação ao trabalho. Os valores são a base de nossas escolhas. Se não paramos para pensar nos nossos verdadeiros valores, aqueles que estão escondidos no nosso inconsciente, e naquilo que nos satisfaz, as chances de frustração aumentam".



Expectativa versus frustração: confira dicas para não se sentir na pior



Quantas vezes não nos sentimos frustrados ao longo de nossa carreira? São colegas de trabalho que são muito competitivos e agem de forma injusta, chefes que se equivocam, promoções que nunca acontecem, o trabalho que não agrada, a meta que nunca é atingida, e por aí vai.

"A frustração acontece quando algo que queremos não é atingido. Quanto mais expectativas temos, maior o tombo. Mas é importante dizer que algumas expectativas são irrealistas", explica o coach e autor do livro "Executivo, o super-homem solitário", Emerson Ciociorowski.

Segundo ele, para reduzir o tombo causado pelas frustrações, é preciso se alinhar à realidade, ao contexto. "Se você quer ser promovido, mas isso não acontece, questione: quais são os atributos que são exigidos para o cargo? Será que tenho todas as habilidades e talentos necessários? Tenho trabalhado minhas competências?".

Falta de reconhecimento
A frustração ocasionada pela falta de reconhecimento "é mais comum do que se imagina", nas palavras do coach. Isso acontece muito porque o funcionário não sabe o que a empresa espera de fato dele.

"Na maioria das empresas, independentemente do porte, não há a determinação de métrica de resultados. Como o indivíduo não sabe claramente o que se espera dele, se esforça demais e faz uma série de coisas que, de repente, não têm valor para a empresa. Isso gera um sentimento de frustração e impotência". Nesses casos, é recomendado conversar com seu chefe e questionar quais são as expectativas da empresa com relação ao seu trabalho.

A mesma dica vale para as metas que não são atingidas. "Isso ocorre, muitas vezes, porque a meta é irreal. Não raro, profissionais não sabem negociar as metas, não conseguem dizer não e aceitam quaisquer condições. Essa vontade de querer sempre satisfazer o outro pode ter origem em bloqueios emocionais que vêm da infância", sublinha Ciociorowski. Logo, na próxima vez que quiser discutir metas e resultados, não deixe de expor suas opiniões e negociar.

Os colegas de trabalho são injustos
As pessoas também se frustram muito com as injustiças do mundo corporativo. Ora, se pudéssemos descrever esse mundo usando uma gíria, seria "mundo cão", por conta do alto nível de competitividade, que, dependendo da área de atuação, apenas aumenta.

Para este tipo de problema, a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa recomenda: Seja realista! No imaginário de muitos profissionais, existe uma empresa perfeita, com colegas bondosos e justos 100% do tempo. Mas estamos falando de seres humanos, que cultivam sentimentos dos mais variados.

"Muitos dizem para si mesmos que gostariam que as pessoas fossem diferentes. Alguns até tentam mudar o próximo. Porém, ninguém vai mudar". Para ela, o pensamento correto seria: "está bem, não posso mudar o mundo, mas posso sim me transformar. Esse poder de mudança é meu".

Fica a dica: deixe de lado a posição de vítima e tome uma vacina: não crie expectativas com relação às pessoas. No contexto de uma empresa, invariavelmente, em algum momento, se sentirá frustrado.

Não gosto do que faço
Outra frustração comum: o profissional não gosta do que faz. Às vezes, ele nem mesmo está na área certa. Isso acontece muito. Na hora de escolher a faculdade, no lugar de reconhecer os seus talentos e dar razão a eles, a opção é feita com base nos anseios da família, do pai que deseja que o filho siga sua carreira, no amigo que se formou em determinada área e se deu bem, ou pior: na profissão da moda.

Todavia, Ciociorowski alerta: "O pior erro é ficar refém de uma má escolha". Ou seja, se você fez uma opção equivocada, seja porque faltava-lhe autoconhecimento seja porque, na época, queria satisfazer a vontade da família, saiba que nunca é tarde para voltar atrás ou começar do zero. Procure outra faculdade ou faça uma pós-graduação que permita a mudança de área.

"O que é importante, em termos profissionais, é procurar uma empresa que dê vazão aos seus talentos, valores e sonhos. Se o mais importante para você é o crescimento e a carreira, procure uma empresa onde haja espaço e oportunidade para crescer".

Ele finaliza lembrando que, para diminuir o risco de frustração, é vital alinhar os valores pessoais com os profissionais. "Pense no que é importante para você com relação ao trabalho. Os valores são a base de nossas escolhas. Se não paramos para pensar nos nossos verdadeiros valores, aqueles que estão escondidos no nosso inconsciente, e naquilo que nos satisfaz, as chances de frustração aumentam".



http://portaladm.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=6037

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nem extrovertido demais nem muito tímido: qual postura te favorece?

06 de outubro de 2008 às 00:03
Por Karin Sato - InfoMoneyA-A+
SÃO PAULO - O profissional reservado demais perde oportunidades no mercado de trabalho, porque evita situações nas quais é necessário se expor. Já o expansivo em excesso gosta de ser o centro das atenções, é impulsivo, ousado, contador de piadas. Tanto em um caso como no outro, os problemas na carreira são inevitáveis.

"A dificuldade do extrovertido diz respeito à falta de bom senso, à dificuldade em prestar atenção ao outro. Ele é muito voltado para si mesmo e, por isso, não analisa as reações das pessoas às suas atitudes", diz a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa.

Para a executive coach da Sociedade Brasileira de Coaching, Claudia Watanabe, o profissional muito expansivo é competitivo e agressivo no ambiente de trabalho, quer mostrar serviço e impor suas idéias e opiniões. "Para se sobressair, ele faz marketing pessoal", explica ela. "Mas o tímido também pode se sobressair, principalmente nas atividades que exigem foco e concentração, como é o caso daquelas relacionadas à tecnologia da informação".

Dissecando a timidez

Nosso comportamento é modelado, principalmente, durante a infância, conforme explicação de Clarice. Quem nunca viu uma mãe elogiar o filho quando ele fica quieto, sem fazer bagunça? E a outra que acha engraçado quando ele chama a atenção de todo mundo?

Para a executive coach da SBC, o problema principal é que o tímido demais dificilmente será promovido. "O mundo corporativo não é feito só de resultados, mas também de socialização. E, para ser líder, é necessário se dar bem com o grupo, saber se comunicar", explica.

A boa notícia é que é possível dominar a timidez, segundo a psicoterapeuta, por meio de treino. "No dia-a-dia, expresse o que sente, converse com as pessoas, esclareça questões mal-resolvidas. Veja tudo como um treinamento. Às vezes, o medo da rejeição do tímido é tanto que ele evita situações nas quais precisa se expor. Como conseqüência, pode desenvolver doenças psicossomáticas".

Já a dica de Claudia é: "interaja mais na hora do almoço ou do café, participe mais, se interesse mais pelas pessoas, pelo ambiente e pelas metas da empresa. Tente saber mais sobre o negócio, principalmente se quiser crescer".

Extroversão demais incomoda

Como o extrovertido pode saber que está passando dos limites? Segundo Clarice, é só observar: as pessoas o estão evitando, ele está se sentindo sozinho, não recebe mais convites? "O expansivo demais não usa a inteligência emocional a seu favor", diz.

Segundo ela, esse tipo de profissional também tem mais dificuldade de respeitar a hierarquia, já que não teme o ridículo ou a rejeição. "Ele precisa aprender a ouvir, a não fazer brincadeiras e comentários desagradáveis, na hora errada. Não se pode chamar mais atenção do que o chefe, por exemplo".

"A pessoa com perfil cara-de-pau se torna desagradável e inconveniente, principalmente em reuniões e encontros com clientes. Nas grandes empresas, a questão da postura é crucial", diz Claudia.

Qual atitude te favorece?

A pergunta é: qual é a postura que te favorece, dentro da empresa que está hoje, dentro da função que desempenha? Essa análise vale a profissionais de todos os níveis hierárquicos, da recepcionista ao presidente. Questione: "sua empresa é conservadora ou inovadora?" Pode ser que, no ramo artístico, o expansivo seja mais valorizado, ao passo que, no ramo financeiro, o perfil demandando é outro.

Segundo Clarice, um pouco de timidez não é só um fato de atração nas relações afetivas, mas também na carreira. "Aparecer por aparecer é arriscado. É necessário aprender a mostrar o que faz quando se tem conteúdo, quando o trabalho tem qualidade. Colocar-se em evidência no momento certo é uma atitude inteligente do profissional".

http://www.administradores.com.br/noticias/nem_extrovertido_demais_nem_muito_timido_qual_postura_te_favorece/17725/

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